Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas.

Estatística das Hérnias Discais

• 15% da população mundial sofre com a hérnia de disco.

• 85% das pessoas que sofrem com a hérnia de disco não precisam realizar cirurgia na coluna vertebral, podendo tratar com método não invasivo.

• 13% das consultas médicas envolvem dores na coluna.

• 3ª causa de aposentadoria precoce, as dores nas costas são também o 2° principal motivo das pessoas que tiram licença no trabalho.

Principais fatores que predispõem ao surgimento da doença

Excesso de peso e fazer atividades que demandem grande esforço físico são fatores que podem desencadear problemas nas costas, entre elas a hérnia de disco. Movimentos de repetição no trabalho que exigem muito dos músculos das costas podem causar desgaste dos discos e, consequentemente, levar à hérnia. O sedentarismo e a posição repetida, como por exemplo a de ficar sentada por muito tempo também podem gerar lesões nos discos, que podem causar a hérnia de disco. Há evidências também de que a genética possa ter um papel de importância no desenvolvimento de hérnias de disco. Isso quer dizer que você está em maior risco para hérnia de disco se seus pais, irmãs ou irmãos possuem a doença.

Principais sintomas

1. Dor nas costas há mais de três meses;
2. Coluna torta quando entra em crise;
3. Dor noturna que piora durante o sono e que permanece ao acordar;
4. Dor que piora ao ficar em pé com a perna estendida;
5. Bastante dificuldade para ficar sentado por mais de 10 minutos;
6. Redução de força em uma das pernas ou nas duas;
7. Impossibilidade de ficar de ponta de fé com uma das pernas;
8. Dor, formigamento ou dormência nos membros;
9. Dificuldades extremas para segurar a urina;
10. Redução do rendimento e desânimo para a realização de atividades rotineiras;
11. Dores de cabeça associadas a dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros;

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando-se em conta o histórico do paciente, as características dos sintomas e o resultado do exame físico realizado durante a avaliação. Dentre os exames de imagem a ressonância magnética é o mais sensível.

Tratamento

Cerca de 85% dos casos melhoram com tratamento clínico otimizado que consiste em medicações anti-inflamatórias, analgésicas, relaxante musculares associados a hidro/fisioterapia, acupuntura dentre outros. Os bloqueios epidurais são alternativas eficazes para o alívio da dor aguda e consiste na injeção de soluções de corticoide + analgésicos no espaço epidural, local em que a raiz nervosa encontra-se inflamada e comprimida pelo disco herniado. A ponta da agulha é posicionada no local inflamado com auxílio de raio x. Cerca de 80% dos pacientes apresentam alívio considerável do quadro álgico que pode ser temporário. Está contraindicado para os casos em que haja déficit neurológico, em pacientes anticoagulados ou que apresentem alergia às medicações utilizadas. Complicações como infecções e sequelas neurológicas são raras.

Casos em que a dor não melhora após 6 semanas de tratamento clínico ou em que surjam déficits neurológicos ou ainda em casos de dores incapacitantes o tratamento cirúrgico encontra-se indicado. Existem várias técnicas cirúrgicas disponíveis atualmente. As técnicas minimamente invasivas que consistem em pequenas incisões de pele de cerca de 3 cm, dilatação da pele e da musculatura com tubos metálicos, retirada de parte da lâmina, identificação da raiz comprimida e retirada da porção herniada do disco, têm sido muito utilizadas. A dor melhora em mais de 90% das pessoas após a cirurgia quando esta é indicada de forma correta. Os déficits neurológicos como a perda de força podem ou não melhorar, a depender principalmente do tempo em que a raiz nervosa ficou comprimida pela herniação. As complicações existem, têm baixa incidência e consistem em fístulas liquóricas, infecções, não melhora da dor, déficits neurológicos como perda de força.

Prevenção

Mudanças no estilo de vida são indispensáveis para evitar o surgimento da hérnia de disco.

• Evitar o fumo;

• Praticar atividades físicas sob orientação profissional para, sobretudo, fortalecer a musculatura de sustentação da coluna, tornando-a mais resistente aos possíveis impactos;

• Adotar uma dieta saudável para controlar o peso corporal e prevenir que a coluna sofra com as sobrecargas;

• Não carregar excesso de peso no dia a dia ou no trabalho;

• Praticar exercícios de alongamento;

• Manter uma postura adequada em todas as situações.