A dor de coluna é uma das causas mais comuns de consultas médicas em todo o mundo. Em 2015, cerca de 35% dos adultos norte-americanos tiveram pelo menos um episódio.

Bloqueio foraminal e facetário

Consiste em injeção de medicações em locais da coluna aonde passam os nervos que vão para a perna ou braço (forâmens) e também na região das articulações (facetas). Geralmente dois medicamentos são utilizados: um anestésico e um corticoide. No momento da infiltração, é realizada uma anestesia local na pele. O paciente sentirá apenas uma picada inicial semelhante a uma injeção, porém com uma agulha muito fina.

De forma geral, esse procedimento é muito seguro. Entretanto, como qualquer procedimento médico, existem complicações e possíveis efeitos colaterais. O efeito colateral mais frequente é a dor leve no local da infiltração após o término do efeito do anestésico local que costuma melhorar nos primeiros dias. Riscos extremamente raros são dor de cabeça, punção dural, infecção, sangramento e piora dos sintomas. Outros efeitos menos comuns e temporários são aumento da glicemia e retenção hídrica em decorrência do corticoide.

Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico. Algumas contraindicações são: problemas de coagulação, infecção ativa, diabetes descompensado, doenças cardíacas descompensadas e gravidez. Normalmente, os pacientes recebem alta hospitalar no mesmo dia e a maioria já consegue trabalhar no dia seguinte.

Rizotomia Percutânea

Neste procedimento, realiza-se uma lesão na raiz nervosa pela radiofrequência, diminuindo a transmissão dos impulsos da dor. O alívio da dor ocorre por um período de tempo bem mais prolongado do que nos bloqueios e, eventualmente pode ser definitivo.

O procedimento consiste na colocação da ponta da agulha em cima da articulação através de radiografia intraoperatória. Um eletrodo que aplicará a radiofrequência é acoplado ao sistema. Uma lesão térmica na região desejada é realizada, eliminando ou diminuindo a sensação dolorosa proveniente daquele ponto. Terminado o procedimento, a maioria dos pacientes retorna para casa e está apta ao retorno ao trabalho. Na maioria das pessoas, esse procedimento é resolutivo e duradouro, porém em algumas, a dor pode voltar em cerca de 3 a 6 meses e nesses casos podemos repetir o processo ou pensar em outra alternativa terapêutica.

O procedimento não é novo, porém só a partir de janeiro de 2014 é que foi autorizado pela ANS – Agência Nacional de Saúde, para ter cobertura pelos planos de saúde e convênios médicos. Como é um tratamento simples, eficaz e que pode evitar uma cirurgia, sua aplicação tem crescido exponencialmente e feito adeptos em todo o mundo.