Os procedimentos chamados minimamente invasivos têm cada vez mais alcançando destaque dentro da medicina. É muito comum hoje você conhecer alguém que fez uma angioplastia cardíaca, cirurgia abdominal ou ortopédica por vídeo, laser e até embolização de aneurisma cerebral, dentre outros exemplos. Da mesma forma, estes procedimentos minimamente invasivos vêm ganhando a preferência tanto dos pacientes com patologias da coluna vertebral quanto dos cirurgiões de coluna, devido inúmeras vantagem sobre os procedimentos tradicionais de coluna:

  1. Menor tempo cirúrgico;
  2. Menor incisão ou muitas vezes sem cortes;
  3. Menos trauma muscular e das estruturas da coluna preservando a anatomia da coluna e consequentemente menos dor no pós-operatório;
  4. Melhor resultado cosmético;
  5. Maioria das vezes com anestesia local e sedação;
  6. Alta precoce logo após o procedimento ou com cerca de 12-24hs de internação;
  7. Retorno rápido às atividades diárias;
  8. A menor incidência de infecções hospitalar;
  9. Menos sangramentos transoperatório (evitando-se transfusões sanguíneas);
  10. Reabilitação pós-operatória menos dolorosa.

 

Curiosamente o item 7 (retorno rápido às atividades precoces) é o mais pretendido atualmente pelos pacientes com dor crônica da coluna que procuram os especialistas que realizam estas técnicas. O fator tempo e cumprir as agendas e compromissos têm tomado nossa vida cotidiana de tal maneira que nós não nos permitimos ficar doentes, não temos tempo para isto. Paradoxalmente, esta mesma dor de coluna nos incapacita para nossas atividades laborais, esportes e até mesmo vida social, e desta forma reduzindo nossa capacidade produtiva. É um ciclo vicioso onde a falta de tempo para tratar a dor de coluna leva ao agravamento da dor, que por sua vez gera incapacidade laboral. Entretanto, através das técnicas minimamente invasivas da coluna alguns pacientes têm retornado aos seus compromissos/trabalho no dia seguinte.

Além de tudo isso, existem ainda aqueles pacientes idosos e/ou com tantas morbidades clínicas (diabetes, enfisema pulmonar, cardiopatias, hipertensão) que não poderiam passar por uma anestesia geral por conta do risco. Também nestes casos estão indicados as técnicas minimamente invasivas da coluna.

Dentro da modalidade minimamente invasiva da coluna existem diferentes opções: infiltrações da coluna, bloqueio de nervos, rizotomia das facetas por radiofrequência, discografia, nucleoplastia por termoablação, quimionucleólise, anuloplastia, hérnia de disco a laser ou por endoscopia, vertebroplastia/cifoplastia para fraturas da coluna, implante de bomba de morfina, descompressões nervosas, e até mesmo fixações e artrodeses com a colocação de parafusos percutaneamente.

Definitivamente as técnicas minimamente invasivas vieram para ficar também na coluna vertebral, e os pacientes com dores de coluna agradecem.